Patrícia Marx: A eterna garotinha do Trem da Alegria

Patricia Marques de Azevedo, mais conhecida como Patricia Marx, nasceu em São Paulo, em 28 de junho de 1974. Ela é uma compositora e cantora brasileira de Pop, Mpb, Soul, Jazz e Bossa Nova.

A cantora, que fez muito sucesso no grupo musical infantil dos anos 80 'Trem da Alegria', é vegetariana e defensora dos animais. Ela é casada com o produtor musical Bruno E., e os dois tem um filho de 12 anos, Arthur. Todos os três são vegetarianos.

Patrícia começou sua carreira ainda pequena e gravou seu primeiro álbum aos 9 anos, o "Clube da Criança" (junto com Luciano Nassyn - também criança, e com a participação de Carequinha e Xuxa). Após o sucesso, foi criado o grupo 'Trem da Alegria', no qual ela permaneceu por 4 anos e depois seguiu carreira solo.

Patrícia no 'Cassino do Chacrinha', 1988

Trem da Alegria

O Trem da Alegria foi formado em 1984 e fez enorme sucesso entre o público infantil e juvenil entre 1985 a 1992. Ao todo, venderam aproximadamente seis milhões de cópias e lançaram seis álbuns (eu tinha dois discos!). Além de Patrícia, o trio inicial era formado por Luciano Nassyn e Juninho Bill. Entre as canções de sucesso estão “Uni, Duni, Tê”, “Fera Neném” e “He Man”.

O trio original do Trem da Alegria: Luciano, Patricia e Juninho Bill

Hoje, a carreira musical de Patrícia passa longe do pop comercial, mas continua firme e forte.

Desde que deixou o grupo em 1987, ela vem experimentando ritmos diferentes em sua carreira solo. Começou pelo pop com músicas como "Festa do Amor" e "Certo ou Errado", e passou a regravações de clássicos da MPB, depois experimentou samba-jazz, soul, música eletrônica e até folk. Atualmente, ela performa num estilo musical pouco conhecido aqui no brasil, o 'Nu soul'.

Em 1992, gravou o CD Neoclássico, que foi lançado no Brasil e no Japão, com clássicos da MPB e bossa nova. No ano de 1994, adotou o nome artístico de 'Patricia Marx' e alcançou sucesso com o pop dançante com músicas como 'Ficar com você' (1994), "Espelho d'água" (1995).

Passou alguns anos afastada dos palcos e dos estúdios, e foi nessa época em que se casou, teve um filho, tornou-se vegetariana e converteu-se ao budismo (não necessariamente nessa ordem ;).

Patrícia ao lado de seu filho Arthur, em 2012

Patrícia e Bruno, seu marido, posam para fotos do álbum lançado em 2010 pelo casal.

Ao retornar a mídia, em 2002, lançou o álbum Respirar, lançado pela Trama. Três anos depois, gravou o CD Patricia Marx e fez várias turnês pela Europa, onde seu trabalho teve ótima aceitação. Em 2007, fez show tributo a Billie Holiday e Elizeth Cardoso.

Junto com o marido, Bruno E., ela fez um projeto especial em homenagem à MPB das décadas de 60 e 70, num álbum totalmente acústico intitulado "Patricia Marx & Bruno E". O álbum recebeu influência de samba-jazz , afro-samba de Baden Powell e Vinícius de Morais, entre outros, e foi lançado em 2010 através do próprio selo musical do casal - o Urubu Jazz.

Em 2013, Patricia comemora 30 anos de carreira, e lançou um CD com novas versões de seus maiores sucessos e faixas inéditas: "Trinta", e também um DVD cantando ao vivo seus maiores sucessos. O álbum incluí parcerias com Seu Jorge e Ed Motta e possui um repertório que mistura soul e R&B, o nu soul. As canções foram gravadas no estúdio da sua própria casa, em Cotia, na região metropolitana de São Paulo.

Patrícia conta como se tornou vegetariana

“Sou vegetariana por compaixão aos animais. Tudo aconteceu quando eu tinha 16 anos e estava na sala de espera de uma clínica para uma consulta médica, li uma matéria sobre matadouros e comecei a chorar. Foi horrível ver aquilo. Foi aí que decidi não comer mais carne vermelha, também por ter uma ligação com os animais”.

Ela explica que neste tempo, passou a não mais comer carne bovina, mas se alimentava de peixes e aves até se que se converteu para o budismo e decidiu parar de se alimentar com carne de qualquer espécie de animal.

“Entrei para o budismo e me perguntei ‘por que comer um animal e o outro não?’. Tive compaixão por todos animais. As pessoas falam que vou ficar doente, mas tenho uma saúde de ferro e todo mundo em minha casa também é saudável por ser vegetariano. Até meu filho é”, ressalta.

Quanto a seu filho, a cantora explica que nunca forçou o menino a ser vegetariano como ela, mas foi uma decisão tomada por ele mesmo quando descobriu as barbáries que fazem com os animais.
“Eu dei a ele a opção de ser vegetariano. Ele queria ser e estava ansioso para virar um dia. Eu sempre faço palestras, sou ativista da causa, vou a congressos e participo de ações em prol dos animais. Até que um dia chegou um vídeo sobre rodeio e meu filho quis ver. Ele viu e começou a chorar pela casa. Ele perguntou se era isso que faziam com animais. Foi uma decisão que ele tomou. É legal estarmos unidos nessa ação”.

Ela completa dizendo que não comer carne também tem tudo a ver com a preservação do meio ambiente, o que é muito abordado hoje em dia, mas este detalhe ‘esquecem’ de contar.
“Tem também uma questão do planeta, do efeito estufa, do aquecimento global. Tem muito mais a ver com a devastação da floresta para plantar soja e alimentar o gado de corte. Normalmente essas informações não chegam ao público”, esclarece.

(Fonte: ofuxico.terra.com.br)

Defensora dos animais

Além dos animais que vivem com ela e sua família, temporariamente ela recebe visitas de animais de rua: Patricia costuma recolher animais de rua que, após tratados, são encaminhados para adoção.
A cantora também tem o hábito de andar com ração no carro para distribuir aos cães de rua e atribui sua compaixão pelos animais ao budismo, religião que descobriu quando estava grávida de Arthur.
(Fonte: http://ego.globo.com/)